Ela
acordou sentindo um vazio enorme, o vazio era como rajadas de vento que
vergastavam seus cabelos e sua face. Lágrimas desciam em pequenos
filetes até o queixo e a única coisa que ela sabia era que não tinha
ideia do por quê estava chorando.
De
repente ela acordou com vontade de chorar, passou o dia querendo
explodir, gritar e ficar sozinha, mas não conseguiu, seu dia foi uma
total correria e enfim, chegada à noite, caminhando pelo parque ela só
queria chorar. Chorar, sim, mesmo sem ter motivos aparentes.
Pássaros
adejavam ao longe e a atmosfera soturna a deixava triste e
angustiada: precisava saber porque ansiou tanto por estas lágrimas
durante o dia todo. Entretanto, por mais que tentasse vislumbrar um
motivo não conseguia, mas repentinamente, ela descobriu o motivo das
lágrimas: ela desejava chorar por todas as vezes que prendeu as
lágrimas, desejava chorar por ter se mostrado forte quando na verdade
tremia de medo. Ela chorava porque queria ser realmente quem era:
frágil, corajosa, simplesmente Ela...
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