terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sobre princesas, principes e sapos

Andei muito pensando na série desenhos de princesas da Disney. Pode parecer meio infantil, bobinho as vezes, mas quando você se pega a analisar a vida de cada uma, é incrível as conclusões que você pode pegar dessas donzelas e de seus cavaleiros, cavalheiros e principes. Acabei até mesmo encontrando muitas pessoas com personalidades semelhantes próximas de mim.

Iniciando com uma das minha favoritas por ser incomum. Bela. Ela não é princesa, mas sim filha de um inventor matusquela que vive explodindo a casa. Ela vive com a cara enfiada nos livros, e tem ambição de não permanecer na cidade do interior onde vive. Onde, temos que admitir, o povo tem a mania comum de viver falando da vida dos outros (cantando para ser mais exata). Tem horror ao bonitão machista que quer casar com ela, E É RODEADA POR UM POVO CHEIO DE PRECONCEITOS. É fechada,e teimosa. Além disso o seu gesto de altruismo não é tão fora de propósito como em outros contos. Ela fica presa no lugar do pai, como creio que alguns fariam também em seu lugar (ao menos creio nisso né!). E tem a fera, o principe da história. Outro que me agrada por ser incomum! Ele não é perfeitinho. Sua personalidade é falha, preconceituoso e também grosso e mal-educado. E nem anos e anos enfeitiçado o fizeram mudar. Além da aparência, lógico. As discussões iniciais entre ele e Bela são as tiradas mais divertidas da história, e sua tenacidade em relação a ele é impressionante. Ele se pega com alguém com a lingua mais afiada que a sua, e descobre que o medo não vai fazer com que ela faça o que ele quer. E quando ela passa a muda-lo, algo que nem um feitiço conseguiu fazer, nos faz pensar em nossos conceitos sobre o poder que os sentimentos tem sobre as pessoas. Mas a parte final para mim é a que demonstra mais a personalidade de Bela. Quando ele se transforma em um belo principe, ela fica arredia, e só se aproxima ao fitar seus olhos e o vê. Pois o que a encantou foi a personalidade da fera, e não sua aparência. Essa história, da aldeia de pessoas superficiais aos moradores do castelo encantado mostra verdades sobre as pessoas que nos rodeiam. Já vi pessoas sendo mudadas pelos sentimentos, e sem se ligar a conceitos pre-concebidos.Já vi pessoas que não aceitam perder, e também outras que tem a capacidade de mudar todos ao seu redor. Já vi colegas que se fecham em seu mundo, e outros que colocam uma "máscara de fera" para assustar e impedir que se aproximem  demais e acabem descobrindo os verdadeiros principes e princesas que há neles.Certo, nunca vi xícaras falando e dirigindo máquinas mas tudo bem, deu pra entender.

A segunda história que acho incomum é Aladin. Aliás nem sei por quê está no ramo das Princesas se o principal é um homem! Mas tudo bem, vamos analisar Jasmim. Princesa rica, presa em seu mundinho, e que tem a mania de falar com um tigre(aquilo é um tigre né??). Foge de casa para não ser obrigada a se casar, já que tem a mania de espantar pretendentes que nem moscas da manga (conheço uma certa pessoa que também foge de casamento como o diabo da cruz!). Ao se deparar "com o lado de fora" vê que as coisas são bem diferentes do que pensou, aí vem aquilo de que aquele que não aprende com  o mundo é uma criança. Ela é confundida com uma ladra e encontra Aladin que a ajuda, achando que ela realmente é uma delinquente como ele. Alandin é um anti-herói inicialmente. Ele não é principe, e tudo o que quer é sobreviver com Abu. Mas sempre se depara com situações que o fazem ajudar o próximo, embora ele sempre pense muito antes de fazê-lo. Nada de heroismos descabidos, já que em boa parte da história ele só quer se dar bem e ser rico.Quem não haje assim uma hora ou outra? Quando descobre que Jasmim é uma princesa ele passa a história tentando ser um principe para casar com ela. Mente por medo. Bem, no final tudo dar certo, e eles ficam juntos, sendo sinceros, e sem que Aladin seja um principe. Mas eles passam por maus bocados antes de enfim aprenderem. Essa história é cheia de mentiras em prol de "boas causas", mas no fim só a verdade faz com que as coisas se ajeitem. No decorrer da trama o casal vai amadurecendo, e isso é bom. Já vi isso na realidade, e muitos amores não sobrevivem a esse processo de mentiras e perdão. E as vezes só fica a magoa. Mas é bom uma segunda chance para os sentimentos.Esse dois personagems erram muito, por isso me pareceram tão mais humanos. Até tapetes, macacos,tigres, araras (ou papagaios? Ainda não descobri isso!)  e gênios doidões parecem humanos em suas personalidades e sentimentos.Como na Bela, os personagens secundáros também nos passam lições. Além de também não confiar em um cara estranho lhe falando para entrar em uma caverna estranha atrás de um objeto mais estranho ainda!

Branca-de-neve é a personagem mais tonta que já vi. A Madrasta usa ela como escrava e capacho, sendo que o castelo é dela, e ainda assim ela obedece e no lugar de se rebelar fica que nem uma idiota limpando calçada e falando com pombos, sobre sonhos e amores. Qual é...? Só quando se vê na cara da morte resolve "dar com o sebo-nas-canelas", e ainda assim por que o caçador a afugenta, ou então ela ficaria lá o olhando como a tonta que era.É a típica Amelia, que adora sofrer calada dando uma de coitada. O Principe também é um idiota que a unica coisa que faz na história é cantar e beijar. Os unicos espertos são os anões, esses sim valem a pena. O Zangado, por exemplo, é o unico que parece enxergar a realidade dos fatos. Eu conheço muitos amigos com personalidades parecidas com a dos anões, e tenho pessoas proximas de mim assim. A besteira final da Branca-de-neve é comer a droga da maçã. Hoje em dia acho que ninguém seria bobo de confiar em um velhinha dando maçã dos desejos. Ao menos espero. Não sei nem se esse final feliz estava certo, mas tinha que ser. Só que sempre imaginei como seria a relação dos dois quando casados, e ri muito com isso. 

Ariel é a princesa mais teimosa e cabeça-dura que já vi. Do começo ao fim ela desafia ao pai, e as normas estabelecidas. Adolescente rebelde e apaixonada, com uma personalidade forte e voluntariosa.Um pai rígido também é um ingrediente a mais para o resultado. E o fato de ela se apaixonar por alguém justo da espécie inimiga de seu povo, e principalmente de seu pai faz com a história seja uma luta tremenda de uma jovem contra a sociedade em que vive.Ariel se depara com algumas decisões erradas, como se aliar a alguém de caráter duvidoso. E o pai dela também erra, em não saber parar para ouvir a filha, e teria acontecido algo bem diferente e menos doloroso.E esse não continua sendo um dos maiores problemas dos pais? Cada um sabe a dimenção de seus problemas, e ao menosprezar os da filha, e sua capacidade de correr atrás do que ela queria a custa de tudo fez com que aquele homem tivesse muita dor de cabeça. Ele não procurou um consenso, nenhum dos dois procurou. Ao se ver presa a um feitiço e uma promessa Ariel teve que lutar para conquistar aquele que amava, e novamente com auxilio de animais falantes com personalidades humanas.O principe deve ser meio cego para não perceber o que estava acontecendo. E não reconhecer a mulher quo o salvara. Mas mesmo assim foi aos poucos se apaixonando por Ariel, não a fantasiosa que imaginava, mas a real alí em sua frente. Com uma ajuda de seus amigos, eles conseguiram vencer as dificuldades, passaram pela vilã. Mas o que de fato foi uma lição preciosa, foi o fato de pai e filha conseguirem um entendimento no instante em que um se pôs na mente do outro. Ele viu tudo pelo quê a filha passou para conseguir sua felicidade, e sacrificou seu orgulho em nome desse amor. É uma lição pra muitos pais e filhos, para que aprendam a ouvir um ao outro. O Principe Eric também foi ativo na história, e lutou pelo o que queria. Enfim. foi a típica história da jovem voluntariosa e rebelde desafiando a todos pelo o quer, e quando veem o que ela quer como um capricho, ela assim não enxerga. Talvez a luta toda de Ariel tenha sido em parte para provar para o pai que ele estava errado. E ela o fez.

Cinderela é interessante. No inicio a vi como mais uma tonta que deixa os outros mandarem nela, e pensei mesmo que ela era tão dependente da madrastra e de sua filhas como elas dela. Parecia precisar que alguém mandasse nela! E o fato de falar com ratinho falantes e passaros azuis então...sério indicio de complexo de princesa  bobinha (Aliás, deu para perceber que essa princesas tem mania de conversar com animais, as coitadas devem ou ser loucas ou solitárias, mas o mais bizarro é que eles respondem!) . E quase até o final dessa história toda ela só é mandada, reclama com os ratinhos e pronto. Os animais são mais ativos que ela para correrem atrás do que querem do que ela mesma. E o principe só aparece duas vezes, ninguém sabe quase nada dele. Bem, no fim ela consegue, e luta pelo menos por sua felicidade.
Agora, os demais filmes da série, apesar de não ter muito com a história escrita me deixaram pasma! O qua acontece depois do final feliz? Mostra tudo pelo o que Cinderela passou, como uma ex-empregada, a princesa. Os preconceitos que venceu e tudo o mais, e vemos que ela não é nada tonta afinal. Mas o terceiro filme é o mais fascinante. Mostra como teria sido se as coisas não saissem como ela queria, e a varinha caisse justo nas mãos da madrasta.A vilã faz com que a história volte atrás e impede que cinderela assuma seu real papel, fazendo com que uma  de sua filhas se passe por a real dona do sapatinho. Estrago! Cinderela mostra ainda mais sua personalidade guerreira, com ajuda de seus amigos ela luta novamente e com garra em prol de sua felicidade. E some o complexo de princesinha e ex-empregada. Mostra também a personalidade do principe, finalmente. Mesmo sob feitiço, ele reconhece Cinderela depois de um tempo como aquela que ama, e luta contra todos por ela. Fala com animais falantes, pula janelas, voa até um navio e a recupera antes que ela seja deportada e exilada. Todos os personagens aparecem como realmente são. E também há o fato de Anastácia, a filha da madrasta, que antes era invejosa e egoista vá mudando no decorrer da história e no fim seja uma das mais fortes aliadas de Cinderela. A luta titanea por um final feliz, mostra que não basta uma madrinha mágica para conseguir o que se deseja. 

Aurora/Rosa, é uma que passa boa parte da história dormindo. Bom, não é a toa que a história é Bela Adormecida. E ainda há o típico principe que salva a donzela indefesa. E os mal-entendidos também não são poucos. Novamente animais que conversam com a princesa (esses não respondem), e há três madrinha engraçadas, que para mim foram as melhores da história toda, apesar de um tanto atrapalhadas. Bom, a lição é: não há mal em ser hipócrita as vezes, para um bem maior.Se houvessem convidado a bruxa, não havia tido toda essa confusão. O que mostra que uma mulher com o orgulho ferido é um perigo (AVISO PARA OS HOMENS). Bom, o fato da princesa ser perfeitinha demais também deve ter causado inveja. Será que ela não tinha nem caspa, sei lá? No final tudo deu certo, e o principe beijoqueiro acordou a amada, o mal -entendido foi desfeito também, os reis que adoram impôr casamentos forçados aos filhos se deram bem também, já que os dois já estavam apaixonados mesmo. A unica dúvida: Azul ou rosa?!

Umas história que não aparece muito como as princesas da Disney ( mas que para mim o é), é Anastácia! Além de ser baseada em fatos reais (o que nem todo mundo sabe), com uma pitada de fantasia (pitada bem grande), ela mostra com clareza os erros humanos.Demitri não é principe, mas o menino que ajudava na cozinha, e depois um espertalhão caloteiro. Anastácia, uma princesa desmemoriada que conversa com um cachorro fofinho. Ela é uma princesa diferente, e o fato de ter sido criada em um orfanato fez-la ter uma personalidade bem interessante. Novamente mentiras os fizeram afastar-se, mas a verdade chegou a tempo de os ajudar. E os sentimentos também os mudaram. Confesso também que acho aquele morceguinho do Rasputin muito fofo.E fico feliz que ele tenha se ajeitado no fim. O cenário da história também era tão real, que mexia com quem assistia. Uma das histórias mais incriveis, e o fato de ter um pé na realidade nos faz pensar se não há tantas histórias por aí que mereceriam se transformar em um conto. Quem quiser pesquisar sobre a realidade dessa história, dê uma olhada que vale bem a pena. O final também não foi piegas, nada de felizes para sempre. Foi mais "aproveitem bem". E me fez pensar no quê eu sacrificaria em nome de um amor.

Por fim, lendo os livros e depois as histórias retratadas nos filmes da Disney sobre essas princesas, você vê muitas diferenças em algumas. Como o final trágico de Ariel na história original. E o fato de no livro ela não ser tão movida pelo amor, mas pela vontade de ter uma alma imortal. E a bondade excessiva de Bela no livro, fora muitas outras diferenças, principalmente na Fera. E a Cinderela também ser mais bobinha na história. Ou em aladin, Jasmim não aparecer tanto quanto no filme. E por aí vai. Vale a pena ler a história antes de assistir o filme, você a enxerga com uma mente mais aberta e crítica. Gostei muito de alguns finais dos filmes, mais do quê das histórias originais, e de outros nem tanto.Mas nos filmes eles conseguem expor a personalidade de cada personagem de um modo interessante, além de fazer com que os personagems secundários sejam peças-chave para o desfecho. 
Também vi muitos desses personages fantasticos no meu dia-a-dia, e outras tantas histórias que se bobear dariam otímos contos-de-fada da realidade. E o mais incrível, é que ela não terminam no felizes para sempre, mas prosseguem depois da ultima página, com suas desventuras e desafios.Com princesas e principes humanos, com suas falhas e caráter. E isso é fantástico!   

domingo, 3 de novembro de 2013

Faz de conta que é um conto

Tudo o que somos forçados a acreditar quando crianças é mentira! Por quê? Ora, nos contam aquelas histórias. É estou falando dos contos de fadas, onde a princesa (uma mulher sempre linda) beija um sapo e ele se torna um príncipe, onde o príncipe é lindo, lindo, lindo, um perfeito cavalheiro e demasiadamente romântico.
Ah é, é nesses contos em que vemos simples garotas (plebeias) se transformarem em princesas deslumbrantes, onde são capazes de tudo, inclusive falar com animais. Além de terem fadas madrinhas que realizam seus desejos (mas elas são tão burras que só pedem roupas e carruagens, aff...)
Bem, como dizia, tudo Mentira, uma farsa que somos obrigados a acreditar e, por conta delas ficar suspirando no colegial por aquele menino lindo de sorriso amarelo que não nos dá bola nenhuma, imagina um carro importado!? Ou, sendo menos exigente: um buquê de rosas?
Fico indignada por tudo isso, principalmente pelo fato de eu ser aquela princesa, a bonequinha do papai que possuía as melhores roupas, os melhores brinquedos, tudo do bom e do melhor. Eu era essa princesinha e agora me vejo transformada na plebeia. Plebeia sim! Minhas roupas são as mais baratas, meus cabelos vivem desgrenhados, minhas unhas quebradas e os sapatos? Ah... não precisa nem comentar!
É, nem sempre são as plebeias que se transformam em princesas, mas não são rara as vezes em que as princesas perdem a coroa e se tornam plebeias.
Agora aguenta, porque lavar roupas, cuidar de casa, estudar, trabalhar fora, cuidar de gêmeos é dureza, imagina chegar em casa (depois de pegar os gêmos na creche) e ver seu suposto príncipe deitado no sofá com aquela barriga enorme (resultado das cervejas) assistindo futebol na TV, Isso é um escândalo!
Viva ao conto de fadas da mulher moderna!!!!!!

Achamos que somos as princesas quando na verdade não somos....

Lágrimas




Ela acordou sentindo um vazio enorme, o vazio era como rajadas de vento que vergastavam seus cabelos e sua face. Lágrimas desciam em pequenos filetes até o queixo e a única coisa que ela sabia era que não tinha ideia do por quê estava chorando.
De repente ela acordou com vontade de chorar, passou o dia querendo explodir, gritar e ficar sozinha, mas não conseguiu, seu dia foi uma total correria e enfim, chegada à noite, caminhando pelo parque ela só queria chorar. Chorar, sim, mesmo sem ter motivos aparentes. 
Pássaros adejavam ao longe e a atmosfera soturna a deixava triste e angustiada: precisava saber porque ansiou tanto por estas lágrimas durante o dia todo. Entretanto, por mais que tentasse vislumbrar um motivo não conseguia, mas repentinamente, ela descobriu o motivo das lágrimas: ela desejava chorar por todas as vezes que prendeu as lágrimas, desejava chorar por ter se mostrado forte quando na verdade tremia de medo. Ela chorava porque queria ser realmente quem era: frágil, corajosa, simplesmente Ela...


Há amores que não podem ser vividos, só lembrados.

Falsidade Ideológica

O que se espera de alguém que poderia ser definida assim: discreta, comportamento perfeito (sem caos na vida pessoal, polêmicas e coisas que possam deixar uma imagem ruim) e outras qualidades que se encaixam nesse padrão?
Bom, até comum ter algumas pessoas nesse perfil, mesmo que possam ser quase raras,mas existem, admiro de tal jeito porque são essas pessoas que fazem a grande diferença entre as outras, não por terem uma vida diferente das outras, mas pelo modo que elas sabem viver sem ter as ‘famosas críticas’ da vida pessoal.
Realmente a qualquer momento podemos nos surpreender de um jeito ou de outro, com aquela pessoa discreta e bem comportada que costumamos a ver por aí. Um rostinho lindo e angelical, um sorriso encantador, olhar inocente e marcante, tais qualidades poderiam não ser encaixada a outras comuns pessoas que tem uma vida perturbada por ‘imagem ruim’? Por que não?Totalmente seria confuso, achar que alguém tem duas caras, a auréola dar lugar ao tridente. ASHUASHUAASHU, isso não é confuso, isso acontece de verdade mesmo, quem ainda não se enganou com alguém assim?  Eu prefiro sempre a primeira impressão, ela sempre é mais valorizada. Ninguém pode mudar para agradar alguém ou pra tirar vantagem com todos? Achar que todos podem se encantar com um jeito sabendo que é de outro, algum momento a máscara vai cair,e quando cai, cai bem feio, mostra todos os defeitos. Por isso não mude suas atitudes faça serem elas a sua imagem, não importa o que você seja, de que jeito, não importa qual a sua atitude, as pessoas que se identificam com você sempre aceitaram do jeito que você é, sendo comportada, safadinha, piriguete ou patricinha, qualquer modo de vida ou estilo tem que ser verdadeiro e não falso, se vem de você é verdadeiro não crie outro eu de você, viva o que você é, não importa o que os outros vão falar independente de qualquer modo ou estilo
A vida é sua e você faz o que quiser e do jeito que quiser!

Duas caras não valem nem por uma, a falsidade ideológica é crime. ‘Também se inclui neste contexto ‘

Direto & Curto





- Não me tenha em seus pensamentos por um simples desejo ou cobiça, não quero ser parte do seu plano de conquista: Iludir & Brincar. Porque eu conheço muito bem, até em que ponto você pode chegar. Porque eu posso enxergar vários personagens, quando alguém tenta brincar de ator, eu aprendi muito querido, afinal, não é atoa que estou avisando à você. 
Eu sei de cor, o que pode acontecer e o que não irá acontecer, se algumas palavras fugirem ou surgirem nesta conversa. Acredite ... Antes de você achar que me conhece, desfaça seu diálogo dentro dos seus pensamentos, neste exato momento, porque eu consigo ouvir isso, sem que você mexa seu maxilar. 
Não se assuste, mas seus sorrisos discretos podem denunciar tudo, tudo o que você pode entregar como prova de que essa estória pode não levar em lugar algum. 

Ouviu bem querido ? Posso estender essa conversa, se quiser ! :)
Não é um elogio, e muito menos sua conversa decorada, que vai me surpreender, e me deixar encantada, porque essa fase eu já joguei, e passei há tempos. (RSRS)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Vida

A vida existe no louco trânsito de cada dia, mas acontece enquanto se deita à sombra de uma jabuticabeira para ouvir e viver uma musica. A vida existe quando se oculta o sentir, mas acontece quando nos descobrirmos mais profundos e intensos do que pensávamos ser, e com isso, estranha e inesperadamente, desabamos. A vida existe quando aprisionamos lágrimas, ressentimentos e o passado inteiro num só baú, mas acontece quando esse baú que é o coração é puro, leve e não tem espaço para essa inutilidade toda. A vida existe quando trocamos o café no meio da tarde pela pré e inútil ocupação com um problema que ainda nem existe, mas ela real e justamente acontece enquanto se toma exatamente aquele café, enquanto se ri, enquanto o coração dança ao embalo de um samba bom. A vida existe no descaso, mas alegremente acontece no perfeito momento de brindar a amizade com um copo de whisky. A vida meramente existe quando amanhece e deixamos as janelas, a cara e a própria alma, ambas fechadas, mas ela acontece de forma irradiante quando ambas, juntas, são abertas. A vida existe quando desperdiçamos tudo que é raridade no mundo: risadas exageradas, drinks com os amigos, amores eternizados no pôr-do-sol, musica que embala a alma, os desenhos que as nuvens fazem no céu, a natureza, as paisagens, o vento, a brisa, o sol, o calor humano, a poesia, as rimas baratas, os rock'n'roll’s na sexta-feira a noite, os olhares que falam, as falas que gritam, os pássaros no céu, as crianças na rua, os detalhes nas vielas, mas a vida acontece quando é feito de toda essa raridade e simplicidade o verdadeiro sentido da alegria, porque a alegria, como já foi dito por algum sábio ao redor do mundo, não está nas coisas, está em nós. A partir disso vemos alegria onde quisermos porque quem e o que define a felicidade somos nós e a nossa capacidade de tornar lei o que o nosso amor disser e quiser, o amor é lei e a alma é a própria vida, a nossa e a que nós damos à tudo que nos cerca.
Mas, meu caro, se queres que a vida realmente exploda que nem confete em carnaval, permita ela acontecer em sua sábia naturalidade, deixa ela sambar, gritar, rolar cachoeira abaixo, fazer seus próprios solos, chorar todas as lágrimas, morrer cada dia mais na mesma proporção com a qual se vive, sonhar todos os sonhos e viver cada molécula de tudo que existe, porque afinal de contas, sentido é algo que a vida não está preocupada em fazer e, honestamente, cá com meus botões, nem eu estou. Concluindo com Mário Quintana: "Quem faz sentindo é soldado."

(Kamila Behling)

terça-feira, 10 de setembro de 2013

RAZÃO PRA SER. EMOÇÃO PRA QUE?

Vi na TV, recentemente, um psicólogo dizendo que a mulher demora mais pra terminar um relacionamento, mas quando faz, é porque já tentou de tudo. Já deu chance, já perdoou, já pediu pra mudar, já mudou, já fez e aconteceu e nada mudou. Já os homens têm mais facilidade em jogar tudo pro alto. Porém, na maioria das vezes, eles voltam atrás. Se isso é verdade, eu não sei, mas eu, particularmente, ando mais adepta da razão.

Nós, mulheres, somos mais tolerantes. A gente fica em casa enquanto o namorado vai beber com os amigos. A gente fica em casa enquanto ele vai jogar futebol. A gente fica em casa enquanto ele viaja a trabalho. Mas, enquanto a gente ta em casa, a cabeça pensa, dá voltas, procura uma saída. A cabeça pesa. A cabeça põe na balança os prós e os contras. Enquanto ele grita, a gente fica muda. E pensa. Dizem que a mulher é mais emoção, mas, me desculpem. Quando decidimos algo importante na nossa vida, somos só razão.

E a razão demora. Pensa. Repensa. Pesa. Calcula. Avalia. A razão dá chance. Acredita na mudança. A razão faz a gente mudar. A emoção é toda atrapalhada. A emoção sai batendo a porta. A emoção grita. Xinga. Esperneia. Faz pirraça. Chora. A emoção põe tudo a perder no momento errado. Mulher é muito assim. Emoção pura ao longo do caminho. Mas a gente sabe que, quando a decisão é séria, a coisa precisa ser pensada. E a gente não põe tudo a perder a toa.

Quando damos a cartada final é porque não há mais nada a perder. A gente já olhou por todos os ângulos, já fez os cálculos de todas as probabilidades disso dar certo e concluiu que não dá. A gente vai sentir falta. O domingo à noite vai ser foda. Vai doer pensar que ele vai ser de outra. Mas tudo isso a gente já pensou antes. Nada disso vai ser mais foda do que continuar no relacionamento.

Relacionamentos são pra deixar a gente mais feliz. Estou falando de rolo, namoro, casamento. Se veio mais um pra ficar com a gente, é pra somar. Se ta dando dor de cabeça, se ta pesado, se ta sofrido, se ta fazendo mal, melhor sem ele. Um namorado me disse, certa vez, que não estava feliz comigo. Achei justo que terminássemos. A última coisa que quero, no mundo, é fazer alguém infeliz. Se já não é fácil agüentar a própria infelicidade, agüentar a dos outros é quase impossível.

Já fui só emoção. Daquele tipo de mulher que desliga telefone na cara, depois liga de novo (a doida, né?!). Que termina namoro na hora que ta irritada. Que vai embora da casa do namorado carregando a mala. Que procura pra voltar, em prantos. Que fala, grita, xinga e chora ao mesmo tempo. Nada que uma dose cavalar de razão e cabeça fria não resolvam. Hoje, deixo as coisas pra resolver depois. De cabeça fria, a gente pensa melhor e corre menos risco de fazer merda. Hoje, depois de ter dito muita coisa que magoou muita gente e ter ouvido muita coisa que me magoou, eu penso antes de falar. Eu respiro fundo e conto até cem mil se precisar. A palavra dita não tem volta. A ferida que ela causa fica pra sempre. Então, hoje, prefiro ser mais razão e menos emoção. Prefiro demorar pra tomar decisões, mas fazer a coisa certa.
Ateondevai

MEUS HERÓIS MORRERAM DE OVERDOSE

Ronaldo, o jogador-fenônemo-pegador pegou tanto que resolveu mudar de time pra ampliar o campo de atuação. Britney, a namoradinha da América, depois de dar pra meia América, virou alcoólatra, perdeu os filhos e vive se internando nas clínicas de reabilitação. Paris-faz-nada-Hilton ganha a vida deixando “vazar” seus vídeos eróticos na Internet e fazendo cara de “vem me comer” pros fotógrafos de plantão. E agora mais esta: a Mulher Baleia, ops, Mulher Melancia que... ham... faz o que mesmo? Ah, claro! Mostra a bunda na Tv! Sim, esses são nossos ídolos.

E não, eles não se tornaram loucos, alcoólatras, drogados, depravados, fúteis e causadores de escândalos porque são nossos ídolos. Pelo contrário. Eles se tornaram nossos ídolos justamente porque são loucos, alcoólatras, drogados, depravados, fúteis e causadores de escândalos. Alguém se interessa pela vida ou pela carreira de Cláudia Raia? Mãe, atriz, dançarina, cantora. Alguém assistiria na Luciana Gimenez um especial com alguém que tivesse talento ao invés de 121cm de bunda? Que tivesse voz ao invés de 500ml de silicone? Acho pouco provável.

Isso porque a tosqueira é inerente ao ser humano. Explico: o ser humano é tosco. No sentido exato da palavra. Grosseiro. Rude. Sem lapidação ou polimento. Li uma vez que homem gosta de ver mulher pelada, mesmo que seja índia velha na matéria do Fantástico. Achei isso de suma elegância e desenvolvimento intelectual. Coitado de Darwin! Deve estar se revirando no caixão uma hora dessa. Cadê a teoria da evolução?

A gente gosta de ver o pai que joga criança pela janela. A gente gosta de ver a puta que derruba governador. A gente gosta de ver a atriz bonitona que chifra namorado galã. A gente gosta de ver as mulheres que mostram a calcinha “sem querer” (ou a falta dela, na maioria das vezes). A gente gosta de ver a Britney ir parar na delegacia bêbada pela cinquentésima vez. A gente gosta de ver que a Paris Hilton nunca fez nada útil na vida e é ídolo. Que a Mulher Elefante, ops, Melanciiiiiia foi despejada de casa (tadinha!). Que o Ronaldo é humano e versátil (uh!). É do ser humano isso. A tosqueira está em você e está em mim (que sei disso tudo que está escrito aí em cima, ainda que nada disso vá mudar minha vidinha igualmente tosca).

A gente não tem exemplo. Nossos heróis são toscos. Nossos heróis são os Marcelos D2 que acendem um baseado bem na nossa cara. São os Lulas que não sabem de nada. São as Cicarellis que dão na praia. São as mulheres-melancia que dançam “créu” (vergonha alheia!). São os 50Cents que valem exatamente meio dólar. São os Snoop Doggs que colocam a mulher como objeto em seus clipes. São os travestis que vão pra Luciana Gimenez. São os jogadores que gostam de travestis e de putas. São as putas. Fomos nós que os elegemos nossos ídolos. Heróis. Nossos exemplos. Porque eles são a nossa cara. São nosso alter-ego. O reflexo daquilo que a gente admira no outro. O retrato mais fiel da nossa própria tosqueira.
http://www.ateondevai.com

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Um homem Inteligente Falando das Mulheres

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.
Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher quem pode!
Luiz Fernando Veríssimo

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Escolho frutos maduros!

Se te contentas com os frutos ainda verdes, 
 
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
 
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos,
 
maduros, bonitos e suculentos,
 
deverás ter paciência.
 
Senta-te sem ansiedades.
 
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda 

silêncio.
 
 

  Aguarda.

 
Os frutos vão amadurecer.

(Professor Hermógenes)

Compromisso


Fazia tempo

Fazia tempo que não deixava a comida esfriar no prato pelo interesse na conversa.
Fazia tempo que não abria o zíper de um vestido com todo o cuidado para não machucar a pele.

Fazia tempo que não tinha tanta ansiedade de meu passado.

Fazia tempo que não via alguém amarrar meu cadarço.

Fazia tempo que não andava de ônibus dividindo o headphone.

Fazia tempo que não esperava passar a chuva.

Fazia tempo que não procurava fotografias de minha infância.

Fazia tempo que não reparava em casais mais velhos comendo em silêncio.

Fazia tempo que não sofria de compaixão dos bancos de praça.

Fazia tempo que não observava o musgo nos fios telefônicos, ouvia o barulho de lâmpadas falhando das cigarras.

Fazia tempo que não agradecia com desculpa e me desculpava com obrigado.

Fazia tempo que não me acordava louco para dormir um pouco mais.

Fazia tempo que o cheiro da pele não se parecia tanto com o cheiro dos travesseiros.

Fazia tempo que não me exibia aos meus amigos.

Fazia tempo que não me curvava aos cachorros de minha rua.

Fazia tempo que o cansaço não me atrapalhava.

Fazia tempo que não decorava os hábitos de outra pessoa a ponto de antecipá-la em pensamento.

Fazia tempo que não me importava em conferir a previsão do tempo e o horóscopo.

Fazia tempo que não me preocupava com o que havia na geladeira.

Fazia tempo que não ria sozinho, sem controlar a altura da voz.

Fazia tempo que não enganchava minhas roupas num brinco.

Fazia tempo que não tinha saudade do que nem iria acontecer.

Fazia tempo que não respondia com perguntas, como se estivesse estudando para o vestibular.

Fazia tempo que não temia o intervalo dos telefonemas.

Fazia tempo que não massageava os pés no colo – os pés femininos são mãos distraídas.

Fazia tempo que não escrevia bilhetes para despertar surpresas pela casa.

Fazia tempo que não curava a ressaca com sexo.

Fazia tempo que não estendia no varal a calcinha molhada no box do banheiro.

Fazia tempo que não dobrava a camiseta com suspiro, ou dobrava o suspiro com a camiseta.

Fazia tempo que não me demorava no espelho, encolhendo a barriga, ensaiando cumprimentos.

Fazia tempo que não mergulhava em silêncio para não desperdiçar nenhuma frase dita.

Fazia tempo que não beijava esquecendo aonde ia e quem poderia estar olhando.

Fazia tempo que não me apaixonava assim.
(Fabrício Carpinejar)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tiquetaquear

Eu queria poder definir o que estou sentindo, mas como se define um relógio usado e antigo que começou a tiquetaquear novamente? Depois de perder as teias e areia do tempo e deixar de viver na espera. A espera de alguém que irá colocá-lo para funcionar novamente. Como se explica? Eu não sei. Nem menos sei qual o nome para esse sentimento. Se possuir uma definição, eu prefiro que continue indefinível. Quero que o tempo faça de acordo com a sua vontade e que o destino o guie para a certeza de um sentimento bom. A única certeza que tenho é que um sorriso nasce quando te vejo. É como se o teu sorriso iluminasse o mundo. Você mexe com o que há parado dentro de mim há anos. Só não quero perder a oportunidade. Oportunidade de sorrir para o mundo e novamente ver a beleza no caos.

"E da mesma forma que o relógio tiquetaqueia em um ritmo constante, o meu coração começa a pulsar com intensidade novamente."

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amor ou feijão com arroz?

Esses últimos dias tenho acompanhado alguns desencontros do amor.
Tudo muito inspirado naquela nova desgraça a que chamam de música:
"Traição é traição, romance é romance, amor é amor e um lance é um lance."E aí a confusão começa quando um lado sabe que quer uma coisa e "esquece" de avisar ao outro a que veio.
E aí (2) romance vira traição e amor vira lance, ou vice-versa, como queiram.

O fato é que desde que inventaram essa coisa de "ficar ficando", as pessoas andam se protegendo dos relacionamentos, ou melhor, dos compromissos.
Compromisso com o cuidar do outro, com o respeitar o outro e muitas vezes com o respeitar a si mesmo.
Trocam amor pelo feijão com arroz de estar momentaneamente com alguém.

Não sou nada santa, se eu disser que nunca fiquei com ninguém, já já aparece algum comentarista para acabar com a minha festa.
Já o fiz.
Foi uma merda, por sinal.
Uma merda porque não gera intimidade, não gera cumplicidade e quase sempre no final das contas alguém se magoa.

Sou uma nega pra namorar.
Não pretendo fugir disso aos 34 anos de idade, depois de 2 casamentos, onde eu sei - pelo menos - o que eu não quero.
Não quero ter do meu lado um bostinha qualquer que hoje tá comigo e amanhã com outra.
Não quero dividir as horas da minha vida numa relação vazia e unilateral, colocando sentimento onde não existe reciprocidade.
Não quero entrar na estatística de seu ninguém, se for pra alguma estatística ser melhorada, que seja a minha!
E quero - menos ainda - apresentar Zetta a qualquer pessoa!!! (mãe beagle falando mais alto)

Mas acho graça quem fica por aí se pegando, viu?
Acho mais graça ainda quando o pegador ou a pegadora se apaixona JUSTAMENTE por um alguém que não tá nem "tchuim" pra ele(a).
São as coisas da vida... e é bem feito pra você aí, pegador ou pegadora... O amor te pegando de jeito (ou tás pensando que só tu pega?) e tu entrando pra o bloco dos com dor de cotovelo...

E aí, meus caros, só me resta encerrar essa homenagem a pegação (ou não) melhorando de vez o nível dessa birosca que começou com "Um pente é um pente - Hawaianos".

" Carlos que amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava..."(Flor da idade - Chico Buarque de Holanda)

domingo, 28 de abril de 2013

Sensibilidade e bom senso


Nunca duas palavras caminharam tão de costas viradas como estas. Sensibilidade desafia o bom senso e o bom senso poe rédeas na sensibilidade, trava-lhe o instinto, e disseca-lhe cada um dos sentidos que esta desperta. Gostava de ter suficiente bom senso para suplantar os desejos inconscientes da sensibilidade, mas todos sabemos que uma vírgula que mudássemos deixaria de ser nós mesmos e passaríamos a ser apenas uma bonita imagem com ténues e superficiais semelhanças aquela que sempre conhecemos e agora por capricho queremos descartar.
Na verdade é a realidade de todos nós. Consciente ou inconscientemente, todos nos deixamos tocar por estas duas palavras. Gostava de dizer que tenho o dom de expressar em palavras a sensibilidade que me inquieta, gostaria de partilhar o bom senso e beber o que me falta em momentos que devia ser dona do mesmo, e no entanto acabo dela escrava.
Nos dias quentes de verão, ou até primavera, em que sopra aquele vento suave, que é demasiado perceptível para ser uma brisa, mas tão suave que a palavra vento parece por demais ríspida para o definir. Não quente, mas fresco, sem ser no entanto frio e desagradável, apenas no ponto em que sentimos a forma como nos acaricia a pele, como desperta os sentidos, como se ali, perante o mundo fizesse descaradamente amor com o corpo que deveria ser nosso. A forma tão terna como nos afasta as madeixas de cabelo dos olhos, como nos contorna os ombros num abraço tão envolvente que parece nos erguer no ar. A forma como cria á nossa volta um ambiente intimo e melodiosamente silencioso, para que possamos nele entrar deixando o tempo á porta, estático, parado e impotente. A sensibilidade está no seu auge nos momentos mais simples como que preenchendo o espaço deixado pela ausência da razão.
Quando enterro as mãos na areia quente, nos dias frios e solarengos de inverno, entre duas dunas de uma qualquer praia deserta, olhando o mar que dança conforme o ritmo da maré para meu total desfrute  e deixo que os pensamentos, perguntas e dúvidas que me levaram aquele lugar mergulhem nas suas águas profundas, sentindo os grãos de areia que me vão escorrendo entre os dedos, em mil e um beijos que carinhosamente me afagam, como um sussurro amigo, uma quietude que afasta a solidão desse momento e a transforma numa cumplicidade só nossa.
Nas alturas em que em desalento procuro um vazio onde descansar, longe de tudo mas sem sair do meu lugar, e me deito no escuro de um recanto, e bebo cada uma das palavras que tocam no meu ouvido, em músicas por outros criadas, mas que naquele instante faço minhas como se eu própria as tivesse escrito, espalhadas em notas que embalam o meu sentir, levando-o para lugares onde os sonhos nem ousam entrar, e a vida já não tem lugar. 
Quando inesperadamente alguém nos toca o braço nu, nos puxa suavemente para si, e nos dá um beijo tão suave que parece apenas um roçar dos lábios, tão longo que parece uma viagem a todos os  sentidos e demais desconhecidos, que nos toca tão fundo que mergulhamos para além dos limites da consciência.
Em todos estes lugares no tempo, onde não há tempo para começar nem tempo para terminar, onde não existe enredo nem história, apenas um sentir tão fundo e ao mesmo tempo tão efémero que tantas vezes acabamos por desvalorizar, colocando-o no mais recôndito do nosso pensamento, é onde a sensibilidade rainha, pega na alma sua serva, e desce a escadaria da torre dos sentidos, desprovida de bom senso, e sem as amarras da razão, e nos leva, sem que possamos resistir, para aquele lugar onde nada mais cabe, nem um suspiro, tão fundo, que sentimos que não conseguimos respirar. Poderia até pensar que tanta sensibilidade era apenas defeito meu, mas sei que não, sei que existe um desalento perante a falta de sensibilidade na imagem de vida supostamente perfeita, que existe uma porta que parece fechada mas que está apenas encostada, existe a consciência dum arrastar de insensibilidade como se dum conceito supérfluo se tratasse, quando a mesma seria como pintar a aguarela um quadro com os contornos perfeitos, mas onde os tons se foram esbatendo ao longo do tempo tornando quase impercebível as cores originais.
Porquê arranjar justificações para esta falta, com o tão maltratado tempo, atribui-se culpas ao tempo como se dele dependesse tudo. O tempo, como sempre se disse, vale pelo que fazemos dele, não é pouco nem muito é apenas tão importante quanto o nome que lhe damos. Não existe tempo, existe momentos que se entrelaçam uns nos outros e que percorremos, passamos ou desfrutamos acompanhados de um sol ou uma lua que os torna mais ou menos luminosos, mas não por isso mais ou menos sentidos. Quem disse que existe um tempo para amar, um tempo para parar, um tempo para ser feliz, e um tempo para ser irreverente. Quem disse que existe um tempo para aprender e um tempo para errar, um tempo para mudar e um tempo para ter tempo?
Resguardamo-nos da inquietude da sensibilidade, agarrando-nos a um tempo que teimamos em calendarizar, a um bom senso que nos serve de guia espiritual, e assim caminhamos cada vez para mais longe daquilo que deveríamos ser, apenas e somente humanos…

Eu quero

"Eu quero engolir rejeições, chorar alegrias, rir tristezas, despir a alma, gritar amores, sussurrar ofensas nem sempre controláveis, entender os porquês, dançar inimigos, abraçar amigos, beijar incertezas e acariciar a aprendizagem. Quero não me importar, quero largueza de fé e pessoas que confiam em mim. Eu quero confiar nas pessoas, quero mais dias de Sol com noites de chuva. Quero nunca me cansar. Quero me cansar e ter direito há um mês em uma Ilha Paradisíaca cheia de paisagem bonita, cheia de um azul sem fim. Quero a contradição. Quero o bonito e o azul em mim. Que os dias nunca pareçam longos, que a graça nunca pareça pouca. Quero luz dentro e fora de mim, quero paz por todos os lados. Quero trevo de quatro folhas para engolir a sorte azeda. Quero conseguir ser única e leve em um mundo de pessoas tão iguais, tão alienadas, tão cheias de si. Quero respostas na ponta do lápis. Quero me empolgar, me estressar, me amar assim como sou, empolgada e estressada na mesma quantidade. Quero tomar um banho de amor e compaixão para que todos os sentimentos ruins desçam pelo ralo. Quero compartilhar pensamentos sem medo do que possam pensar, quero o poder de provar como as coisas são, como elas foram e como serão. Quero picar a minha dor e colocá-la em uma caixa que não tem como ser aberta novamente. Quero picar a minha alegria e dividir com aqueles que amo. Quero alegria sem fim e tristeza com fim. Conversas sem hora para terminar, beijos sem ter o que pensar, abraços onde eu possa morar. Quero um jarro transparente cheio de gérberas laranja no canto do meu quarto. Quero conversar sem me importar. Quero ser sincera. Quero que não se ofendam com a minha sinceridade (que acreditem nela também.) Quero banhos de chuva e luau com amigos, quero um par de meias coloridas e um amor para aquecer. Quero levar tombo e rir da vida porque nem ela sabe quanta gente tenho para me ajudar a levantar. Quero amigos sinceros, dias claros e noites estreladas. Quero pintar o céu com lápis de cor em dias cinzas, quero descansar nas nuvens enquanto converso com heróis que foram cedo demais. Quero algodão-doce e vida doce, quero o doce entrando em minhas veias até me dar náusea e só me restar colocar para fora essa poesia toda, entalada em algum lugar de mim. E isso, eu não quero para 2013 não, eu quero para a vida!" 

O que acontece no meio...


''No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco, mas a que nos revela a nós mesmos.
Vida é o que existe entre o nascimento e a morte. 
O que acontece no meio é o que importa.
No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma. 
Que tudo o que faz você voltar pra casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz, uma idéia) foi perda de tempo.
Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início. Que o pensamento é uma aventura sem igual. Que é preciso abrir a nossa caixa preta de vez em quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro. 
Que maduro é aquele que mata no peito as vertigens e os espantos.
No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato. Que amar é lapidação, e não destruição. Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente quais. 
Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.
Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso. Que tudo que é muito rápido pode ser bem frustrante. Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa. Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão. Quase? Ora, é sempre mais forte.
No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio. Que todas as escolhas geram dúvida, todas. 
Que depois de lutar pelo direito de ser diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.
Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes. 
Que uma perda, qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.
No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos. Que passar pela vida à toa é um desperdício imperdoável. Que as mesmas coisas que nos exibem também nos escondem (escrever, por exemplo).
Que tocar na dor do outro exige delicadeza. Que ser feliz pode ser uma decisão, não apenas uma contingência. Que não é preciso se estressar tanto em busca do orgasmo, há outras coisas que também levam ao clímax: um poema, um gol, um show, um beijo.
No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário. Que é mais produtivo agir do que reagir. Que a vida não oferece opção: ou você segue, ou você segue. Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando com os demais. Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade. E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma vida toda, esse meio todo. ''
 (Martha Medeiros)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Qual o gosto?



"Desde que nascemos, quase sem percebermos, nossa vida orbita a partir da língua. Não da língua falada, mas deste músculo mágico que nos faz sentir sabores doces, amargos, azedos, salgados, ou, até mesmo, inidentificáveis.
Desde o momento em que colocamos nossos lábios no seio de nossas mães, passamos a sentir, enquanto sorvemos, o sabor da vida. Passamos pelos doces, balas, sorvetes, biscoitos e rapaduras que transformam nossa boca no centro mundial do açúcar. Saímos da infância, ingressamos na adolescência e caímos dentro da boca de alguém.
Exatamente, falo do beijo, de línguas de sabores diversos acariciando-se lenta e ritimadamente (ou não), sem pressa, sem compromisso, relógio ou preocupações. Naquele momento, lábios, bocas, saliva e sabor. Muito sabor.
Qual o gosto do beijo? Depende do momento, não basta apenas a sensibilidade das papilas gustativas, tudo o que, mais uma vez, orbita ao redor da boca interfere no paladar. O beijo roubado, o beijo mordido, o beijo forçado, o beijo feroz, o beijo na orelha, no pescoço, no ombro, nas costas...
O beijo pode ser doce, amargo, áspero, ritmado ou sem compasso, luminoso, melecado, macio ou aguado, não importa. Cada um tem seu sabor. Mas qual o gosto do beijo ideal?
Não é a pasta de dentes ou o chiclete que fazem a diferença, mas o abraço, o carinho, o afagar ou puxar cabelos, a respiração ofegante, o que ouvimos, vemos, cheiramos, a energia magnética que os corpos entrelaçados se transmitem. Enfim, o gosto do beijo depende da abertura de todos os sentidos. Assim, descobriremos que o gosto do beijo ideal é o gosto da vida. Beije, cheire, ouça, veja, sinta, descubra seus sentidos e dê maior sentido à vida."

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O problema de agradar a todos


Às vezes acontece de você se desesperar porque descobre que não pode agradar a todos? Fica com a impressão de que passa a vida se esforçando para agradar e ajudar os outros, para, no fim, ser sempre mal compreendido ou mal interpretado? Se isto lhe acontece, reflita sobre esta frase de Montaigne: "Um homem precisa de ouvidos fortes para ouvir o que se diz sobre ele, quando é julgado com liberdade".

A verdade é que, por mais que você se esforce para ser justo, cuidadoso, e consciente, sempre há alguém que interpreta mal as suas atitudes ou suas ações. Se aparece alguém que gasta muito, na tentativa de ajudar os amigos, imediatamente começam os mexericos, acusando-o de desperdício, ou de extravagância. Mas se aparece alguém que conta cuidadosamente seus vinténs, preocupado em resguardar-se para o futuro, não faltará quem o acuse de sovina.

Se você é menos liberal que alguém em relação a algum assunto, imediatamente será taxado de "conservador" ou "antiquado". Mas se você é mais liberal, é o outro que passa a ser taxado de "preconceituoso" e "ultrapassado".

O que há é a tendência geral, que todos nós temos, de condenar nos outros defeitos que condenamos em nós mesmos.

Se alguém não faz alguma coisa há quem o critique por não ter feito; mas, se faz, há críticas também por que faz. Quando um homem, que sempre agiu de determinada maneira, muda sua atitude, há quem o critique por ter mudado, quem o critique por ter deixado de ser(ou fazer) como antes e, claro, que o critique por ter passado a ser (ou fazer) o que está sendo(ou fazendo) agora.
Por isto é que o caminho mais acertado é reconhecer que ninguém, em tempo algum, consegue agradar a todos. Acho, mesmo que ninguém consegue agradar a ninguém, por muito tempo, nem mesmo a si saiba, fatalmente, seu modo de ser acabará por desagradar a alguém. Agradeça as críticas que lhe fizeram, faça bom uso das críticas construtivas e vá em frente, dando sempre o melhor de si. Se você aprender a viver em harmonia com seu verdadeiro EU, as críticas que, fatalmente receberá não o farão sofrer tanto.

Será que você, por exemplo, jamais teve um momento de arrependimento por algo que fez ou deixou de fazer?

Também aqui o meu conselho é de que cada um faça o possível para agir conscienciosamente, de acordo com o que lhe parecer mais acertado, de acordo com suas convicções, com a mente sempre aberta para a possibilidade de estar errado. E, enquanto isto, esperar, com fé, que nossos erros sejam perdoados. Sejamos tolerantes para com os outros, para merecermos, nós também a tolerância para nossos erros.

Seja o que você É!