segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amor ou feijão com arroz?

Esses últimos dias tenho acompanhado alguns desencontros do amor.
Tudo muito inspirado naquela nova desgraça a que chamam de música:
"Traição é traição, romance é romance, amor é amor e um lance é um lance."E aí a confusão começa quando um lado sabe que quer uma coisa e "esquece" de avisar ao outro a que veio.
E aí (2) romance vira traição e amor vira lance, ou vice-versa, como queiram.

O fato é que desde que inventaram essa coisa de "ficar ficando", as pessoas andam se protegendo dos relacionamentos, ou melhor, dos compromissos.
Compromisso com o cuidar do outro, com o respeitar o outro e muitas vezes com o respeitar a si mesmo.
Trocam amor pelo feijão com arroz de estar momentaneamente com alguém.

Não sou nada santa, se eu disser que nunca fiquei com ninguém, já já aparece algum comentarista para acabar com a minha festa.
Já o fiz.
Foi uma merda, por sinal.
Uma merda porque não gera intimidade, não gera cumplicidade e quase sempre no final das contas alguém se magoa.

Sou uma nega pra namorar.
Não pretendo fugir disso aos 34 anos de idade, depois de 2 casamentos, onde eu sei - pelo menos - o que eu não quero.
Não quero ter do meu lado um bostinha qualquer que hoje tá comigo e amanhã com outra.
Não quero dividir as horas da minha vida numa relação vazia e unilateral, colocando sentimento onde não existe reciprocidade.
Não quero entrar na estatística de seu ninguém, se for pra alguma estatística ser melhorada, que seja a minha!
E quero - menos ainda - apresentar Zetta a qualquer pessoa!!! (mãe beagle falando mais alto)

Mas acho graça quem fica por aí se pegando, viu?
Acho mais graça ainda quando o pegador ou a pegadora se apaixona JUSTAMENTE por um alguém que não tá nem "tchuim" pra ele(a).
São as coisas da vida... e é bem feito pra você aí, pegador ou pegadora... O amor te pegando de jeito (ou tás pensando que só tu pega?) e tu entrando pra o bloco dos com dor de cotovelo...

E aí, meus caros, só me resta encerrar essa homenagem a pegação (ou não) melhorando de vez o nível dessa birosca que começou com "Um pente é um pente - Hawaianos".

" Carlos que amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava..."(Flor da idade - Chico Buarque de Holanda)