quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Fazer amor

Parece proibido, mas não é, na verdade é legal. Desde quando eu comecei a viver, eu escutava histórias de como fazer amor era bom. E é melhor quando você tem alguém pra fazer amor a noite toda, a vida inteira, até envelhecer juntos. Não to falando do prazer, to falando das sensações na hora do tal ato. Como é incomparável, os seus sorrisos, as tuas expressões, e como você amadurece com isso. É como se nós desabrochássemos ao fazer amor.
Poucos sabem o que é fazer amor, por isso parece ilegal. Mas não é. Fazer é amor, é quando dizem pra você 'que bela camisa está usando', e você repiti-lá todos os dias. É oferecer suas batatas fritas, sem esperar que a outra pessoa também lhe ofereça. É falar bem baixinho o que você sente, passando a mão nos cabelos dele. É inventar um modo de ficar juntos por muito tempo, porque tu saberá que sentirá saudade ao ir embora. Amor, foi quando minha avó perdeu os movimentos das mãos e o meu avô fazia as unhas dela toda semana. É ter os corações trocados, e como se não pudessem viver um longe do outro, há uma ponte que leva o seu sangue ao meu, fazendo ferver os nossos sentimentos e pulsar em nossas veias todas as nossas sensações que ninguém consegue entender.
Não fazemos amor como antigamente. Hoje o verdadeiro valor do amor, parece subliminar, entre os nossos sentimentos e o sexo. Talvez antigamente, os corações eram verdadeiros, e construiam o longo amor. O sexo? Serve para expresar os nossos desejos, em uma relação, que é rápida, momentânea e carnal. Já o amor, vem de dentro de nós, e não é preciso nada mais que olhares, palavras e sentimentos.
O amor que eu vejo como verdadeiro, está em extinção. Porquê um dia a camisa rasga, as batatas murcham, os cabelos caem, o tempo acaba, e as pessoas morrem. Mas e o amor que você fez, continua?

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